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STF SUSPENDE PROCESSOS SOBRE PEJOTIZAÇÃO — ENTENDA O IMPACTO PARA AS EMPRESAS

  • Foto do escritor: Andréia Martins Crespo
    Andréia Martins Crespo
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, em todo o território nacional, todos os processos que discutem a chamada “pejotização” — prática em que empresas contratam profissionais como pessoa jurídica (PJ) ou autônomos, mas exigem deles obrigações típicas de empregados com carteira assinada, conforme previsto nos arts. 2º e 3º da CLT.

 

A medida foi determinada pelo ministro Gilmar Mendes, em abril de 2025, e permanecerá válida até o julgamento do processo ARE 1.532.603, que servirá como referência (repercussão geral) para todos os demais casos, visando padronizar o entendimento jurídico sobre o tema e evitar decisões divergentes nos tribunais.

 

Em junho de 2025, o ministro Luiz Fux ampliou o alcance da decisão, determinando que a suspensão também se aplique aos contratos verbais, sem qualquer formalização escrita — o que aumenta ainda mais a relevância da medida.

 

O julgamento do STF vai definir como as empresas poderão contratar no futuro e trará respostas para três questões fundamentais:

 

  1. É legal contratar como PJ ou autônomo, mesmo quando há características típicas de vínculo empregatício?

  2. Qual Justiça é competente para julgar esses casos — a Justiça do Trabalho ou a Justiça Comum?

  3. Quem tem o ônus da prova sobre a existência ou não de fraude: a empresa ou o trabalhador?

 

Essas definições afetarão diretamente a segurança jurídica das contratações e o custo trabalhista das empresas de todos os portes e segmentos.

 

Enquanto entidades de classe e profissionais da área trabalhista criticam a suspensão, argumentando que ela retarda o reconhecimento de direitos trabalhistas (como FGTS, férias e INSS), o setor empresarial vê a medida como necessária para trazer estabilidade e previsibilidade.

 

No Congresso, discute-se o possível impacto da decisão na arrecadação da Previdência Social e nos direitos sociais dos trabalhadores, o que reforça o peso político e econômico do julgamento.

 

Com os processos suspensos, nenhuma decisão definitiva sobre o tema será proferida até o julgamento final pelo STF e isso torna este o momento ideal para as empresas revisarem suas práticas contratuais, evitando riscos de autuações, passivos trabalhistas e demandas futuras.

 

O ideal é que o empresário procure um advogado especialista em Direito do Trabalho para que:

 

  • Revise contratos com prestadores de serviço PJ e autônomos;

  • Avalie se há subordinação, pessoalidade, habitualidade ou onerosidade, características que configuram vínculo empregatício (art. 3º da CLT);

  • Adote políticas internas e modelos contratuais alinhados à legislação e à jurisprudência atual.

 

A decisão do STF definirá o futuro das contratações por PJ no Brasil. Antecipar-se é a melhor forma de proteger seu negócio.

 

Entre em contato com o Crespo & Nascimento e saiba como estruturar contratações seguras, reduzir riscos e fortalecer a conformidade trabalhista da sua empresa.

 
 
 

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